terça-feira, 17 de abril de 2012

18 de Abril Dia Nacional do Livro Infantil

Dia 18 de Abril é o Dia Nacional do Livro Infantil pois é a data de nascimento de um dos principais escritores de literatura infantil do Brasil, Monteiro Lobato! Ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperou os costumes e lendas do folclore nacional. E não parou por aí, misturou todos eles com elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema.
José Bento Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, no Vale do Paraíba. Estreou no mundo das Letras com pequenos contos para os jornais estudantis dos colégios Kennedy e Paulista.
No curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, dividiu-se entre suas principais paixões: escrever e desenhar. Colaborou em publicações dos alunos, vencendo um concurso literário, promovido em 1904 pelo Centro Acadêmico XI de Agosto.
Morou na república do Minarete, liderou o grupo de colegas que formou o "Cenáculo" e mandou artigos para um jornalzinho de Pindamonhangaba, cujo título era o mesmo daquela república de estudantes.
Nessa fase de sua formação, Lobato realizou as leituras básicas e entrou em contato com a obra do filósofo alemão Nietzsche, cujo pensamento o guiaria vida afora.
Viveu um tempo como fazendeiro e foi editor de sucesso. Mas foi como escritor infantil que Lobato despertou para o mundo em 1917.
Escreveu, nesse período, sua primeira história infantil, "A menina do Narizinho Arrebitado". Com capa e desenhos de Voltolino, famoso ilustrador da época, o livrinho, lançado no natal de 1920, fez o maior sucesso. Dali nasceram outros episódios, tendo sempre como personagens Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Tia Anastácia e, é claro, Emília, a boneca mais esperta do planeta.
Insatisfeito com as traduções de livros europeus para crianças, ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do folclore nacional. E fez mais: misturou todos eles com elementos da literatura universal da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema.
No Sítio do Picapau Amarelo, Peter Pan brinca com o Gato Félix, enquanto o Saci ensina truques a Chapeuzinho Vermelho no país das maravilhas de Alice. Mas Monteiro Lobato também fez questão de transmitir conhecimentos e ideias em livros que falam de história, geografia e matemática, tornando-se pioneiro na literatura paradidática - aquela em que se aprende brincando.

Jorge Amado ganha exposição em sua homenagem

Se vivo, Jorge Amado completaria 100 anos no mês de agosto. Para comemorar a data, autor ganha exposição.
Jorge Amado passeia na praia ao lado da esposa, Zélia Gattai
Jorge Amado e Zélia Gattai na praia
 
“Sou um escritor do lado do pobre contra o rico, do futuro contra o passado, da liberdade contra a opressão, da fartura contra a miséria, do socialismo contra o capitalismo.” Tal afirmação, feita pelo próprio Jorge Amado no  curta-metragem “A Casa do Rio Vermelho”, dirigido por  Fernando Sabino e David Neves em 1974, mostra que ninguém poderia descrevê-lo melhor do que ele mesmo.
Nascido em 10 de agosto de 1912 em uma fazenda de cacau, no Sul da Bahia, o escritor foi casado por 56 anos com a também escritora Zélia Gattai. Amado morreu em 6 de agosto de 2001 e Zélia sete anos depois, em maio de 2008.
Amigo e parceiro de importantes artistas como o autor Graciliano Ramos e o músico Dorival Caymmi, Jorge Amado chegou a lançar  mais de 30 livros, que foram traduzidos para 49 idiomas. “Gabriela, Cravo e Canela”, um de seus romances mais famosos, teve o maior número de traduções: 32 idiomas.
A história também ganhou  adaptação para a televisão em 1975. Marcando o imaginário dos brasileiros com a famosa personagem vivida por Sônia Braga, a novela trouxe novos amantes ao rico mundo literário de Amado.
Em comemoração ao centenário de nascimento do escritor, o autor Walcyr Carrasco está escrevendo uma readaptação de “Gabriela”, que traz Juliana Paes no personagem central – a estreia está marcada para julho. Para Carrasco, levar as criações do escritor para outros formatos colabora com a disseminação de sua obra. “O Brasil é um país sem memória e apesar da importância de Jorge Amado no panorama de nossa literatura, hoje encontramos muitos jovens que não conhecem sua obra. Por isso, levar ‘Gabriela’ para a TV é uma forma de estimular o interesse por toda a sua literatura”, afirma.
Outra mídia a abraçar a grandiosidade da criação de Jorge Amado foi o cinema, com diversos filmes, dentre eles, “Capitães da Areia”, do ano passado, que foi dirigido por Cecília Amado, filha de Jorge.
um homem políticoAlém da  universalidade de sua escrita, um dos motivos pelo qual Amado viajou para muitos países foi a sua atividade no Partido Comunista. Militante ativo,  viu-se confrontado ideologicamente após descobrir os crimes contra a liberdade cometidos por Joseph Stalin, um dos principais governantes soviéticos da história.
De acordo com Myriam Fraga, diretora da Fundação Casa de Jorge Amado, o autor condenou durante toda a sua vida os totalitarismos existentes. “A partir do momento em que ele descobriu as atrocidades cometidas na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) começou a se afastar do partido. Porém, ele nunca abandonou seus princípios. Continuava socialista, mas democrático, já que nas palavras dele mesmo ‘a miséria do mundo são os regimes totalitários’”, afirma a diretora.
Pela forte perseguição dos militares à ideologia comunista que norteou a vida e obra do autor, Amado teve de se exilar na França em 1950. Essa viagem colocou o escritor em contato com grandes intelectuais como os escritores Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir e o pintor Pablo Picasso.
Homenagens /  Integrando o calendário de comemoração de seu centenário, começa hoje, no Museu da Língua Portuguesa, a exposição  “Jorge, Amado e Universal”. Segundo William Nacked, diretor geral da empresa que dirige o evento, a estrutura da exposição foge dos padrões didáticos. “Queríamos lançar um olhar diferente sobre ele, mais para o pessoal, o intelectual e o político, acrescentando a isso o contexto histórico”, explica Nacked.
O espaço trará uma ambientação de paisagens da Bahia, construída com elementos artesanais, como a montagem do Mercado Municipal de Salvador, local de extrema importância na vida e obra do autor.
O acervo será dividido em quatro setores. “O primeiro terá Jorge falando dele mesmo. No segundo, quem fala são conhecidos como o artista Carybé e o político cubano Fidel Castro. Na terceira parte, quem aparece falando dele é quem não o conheceu, dizendo o que faria se o conhecesse. E, para completar, o espaço Jorge Universal vai reunir informações relacionadas ao escritor espalhadas por mais 70 países”, explica.
Depois de São Paulo, a exposição viajará para o Museu de Arte Moderna, na Bahia. O evento seguirá  pelo país, mas há previsão de levá-lo também ao exterior. “Está quase fechado para ir, em 2013, para a feira do livro de  Frankfurt, na Alemanha, a maior do ramo do mundo, na qual o homenageado do ano é o Brasil”, revela.
Reportagem de Matheus Marestoni
Fonte: Diário de São Paulo 

domingo, 15 de abril de 2012

Dia 16 de abril nasceu o escritor Ronaldo Simões Coelho

Ronaldo Simões Coelho (São João del-Rei, 16 de abril de 1932) é um psiquiatra e escritor brasileiro de literatura infantil.

 Ronaldo Simões Coelho por ele mesmo:

"Nasci há 75 anos em São João del-Rei, cidade histórica de Minas, onde nasceu também, muito tempo antes de mim, Tiradentes, o herói da Inconfidência Mineira. Mas só fiquei sabendo disso muito tempo depois. Contaram-me que nasci de olhos fechados, orelhas viradas para baixo (meu pai prendeu cada uma com esparadrapo no lugar certo), feio de fazer dó.

Eu já tinha cinco irmãos mais velhos do que eu. Depois de mim veio mais um. Éramos 6 homens e uma moça. Eu, mais tarde, imitei meus pais: tenho 6 filhos marmanjos e uma única filha.

Minha casa vivia cheia de gente: parente, tias (quem quiser conhecer minha tia avó mais chegada, leia “Tia Delica”, livro que escrevi sobre nossa relação com ela), avós, tios, e uma quantidade incontável de primos e visitantes e amigos. Na enorme mesa, quitutes e quitandas, fartura de delícias, risos e conversas, gente à beça em volta. Tinha um tio que chegava recitando seus poemas favoritos, muitos dos quais sei até hoje; primos com medo de não passarem de ano; esportistas do futebol do vôlei, da natação; os piadistas; os maniados em cinema; os perseguidos políticos pela ditadura de Getúlio Vargas, etc. Havia os estudiosos, os que viviam lendo. Eu entrei nesse time logo que aprendi a ler e a escrever. E nunca mais parei. Era fácil isso, pois livro não faltava na nossa casa. Uns me davam medo, como aquele que se chamava “Podem os vivos falar com os mortos?”, enquanto outros me atraíam, como as aventuras de Tarzan, tudo que havia de Julio Verne, de Erico Veríssimo e, a maior das descobertas: Monteiro Lobato.

A menos de 100 metros de minha casa ficava a Biblioteca Municipal, que comecei a freqüentar desde cedo. O bibliotecário era um sábio, grande músico, além de ser exímio sapateiro, a mesma profissão do pai de Hans Christian Andersen, que também era músico. Ele me introduziu na leitura de Dom Quixote e de outros clássicos. E foi por isso que lhe dediquei um dos meus livros, “Pérola Torta”, tantos anos depois. Há dois anos fui homenageado nessa biblioteca e quase morri de emoção.

Como lá em casa havia a coleção do Tesouro da Juventude, eu o devorei inteiro aos 9 anos de idade.

Havia uma coleção de livros da Melhoramentos que a gente chamava de coleção dos 1500, pois o preço de cada exemplar era 1500 réis. Pequenos, de capa dura, tinham de tudo, desde histórias das Mil e Uma Noites até biografias de escritores. A gente comprava, trocava, emprestava, vendia. Até hoje tenho muitos deles.

Minhas lembranças do grupo escolar, das professoras primárias (muitas delas com quem me comunico até hoje), das férias na terra de minha mãe, onde passávamos pelos anões da Terra Caída, catávamos ouro nas ruas depois das chuvas, explorávamos cavernas, ouvíamos a história da preguiça gigante, do cavalo-da-meia-noite, conhecemos a louca que falava sozinha e que cortava lenha noite e dia, o Três-Orelhas, a Chica Papuda, o Chico Brugudum, o Vica Véia, o homem da mão postiça, a velha careca, o médico doido e o padre maluco.

Tomávamos conta dos passinhos (vejam meu livro “A pedra com o menino”) ou jogávamos bola no adro da igreja (vejam meu livro “O caso dos ponteiros do relógio”), brincávamos de gude, cabra-cega, pular-carniça, pique, pião, diabolô, faroeste, papagaio e mais uma porção de outras brincadeiras, além de freqüentarmos aulas de latim, de matemática, de ciências.

Música era ao vivo, no coreto ou no teatro. Havia discos, com uma música de cada lado, que a gente tocava na vitrola, sendo preciso trocar as agulhas (umas eram douradas e outras prateadas) a cada cinco ou seis discos ouvidos.

Como não existia televisão, uma vez por semana se ia ao cinema, onde faroestes se sucediam, além das aventuras do Capitão Marvel, que era o herói invencível em que se transformava um menino ao gritar a palavra SHAZAM. Esta palavra mágica queria dizer que o herói tinha a sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a resistência de Atlas, o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio. Outro herói era o Fantasma. E tudo era seriado, continuava na outra semana.

Era muito bom aprender xadrez com o sô Miguel, quando tínhamos por volta de 6 anos. Sô Miguel morava lá no fundo, numa casinha, tinha sido criado por um padre, sabia latim, português, xadrez. Foi nosso mestre. Fui visitá-lo, muitos anos depois, em São Paulo, onde morava com seus 15 filhos.

Lembro dos cheiros que vinham da cozinha e do pátio, onde fogão de lenha e forno de cupim funcionavam o dia inteiro. Cheirosa era também a roupa de cama.

Meu pai fazia esculturas com miolo de pão. Meu irmão logo acima de mim aprendeu a arte e também passou a vida fazendo cachos de flores, animais, piorras, etc. Minha mãe era loura e tinha os olhos azuis. Muito alegre, só a vi muito, mas muito triste mesmo, na época da guerra, quando nossa cidade recebeu jovens do Brasil inteiro, os pracinhas, convocados para ir lutar na Itália contra os alemães.

Depois eu fui pro ginásio, depois mudei pra Belo Horizonte, estudei medicina, casei, tive filhos, contava histórias pra eles e virei escritor de livros para crianças, o que é ótimo, até pela quantidade de gente pequena e grande que passei a conhecer por esse mundo afora."
Belo Horizonte, 2007.

sábado, 14 de abril de 2012

Aluísio de Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857

Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil, o romancista Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão em 14 de abril de 1857. Quando jovem ele fazia caricaturas e poesias, como colaborador, para jornais e revistas no Rio de Janeiro. Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima de mulher, em 1880.
Fundador da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras e crítico social, este escritor naturalista foi autor de diversos livros, entre eles estão: O Mulato, que provocou escândalo na época de seu lançamento, Casa de Pensão, que o consagrou e O Cortiço, conhecido com sua obra mais importante.
Este autor, que não escondia seu inconformismo com a sociedade brasileira e com suas regras, escreveu ainda outros títulos: Condessa Vésper, Girândola de Amores, Filomena Borges, O Coruja, O Homem, O Esqueleto, A Mortalha de Alzira, O livro de uma Sogra e contos como: Demônios.
Durante grande parte de sua vida, Aluísio de Azevedo viveu daquilo que ganhava como escritor, mas ao entrar para a vida diplomática ele abandonou a produção literária.
Faleceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Hoje é Dia Internacional do Livro Infanto-juvenil aniversário de nascimento de Hans Christian Andersen

Hans Christian Andersen nasceu na Dinamarca na cidade de Odense em  2 de Abril de 1805e faleceu em Copenhague, 4 de Agosto de 1875)Hans Christian Andersen era filho de um sapateiro e sua família morava num único quarto. Apesar das dificuldades, ele aprendeu a ler desde muito cedo e adorava ouvir histórias.

A infância pobre deu a Andersen a chance de conhecer os contrastes de sua sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e adultas que viria a escrever. Em 1816, seu pai morreu e ele, com apenas 11 anos, precisou abandonar a escola, mas já demonstrava aptidão para o teatro e a literatura.

Aos 14 anos, Andersen foi para Copenhague, onde conheceu o diretor do Teatro Real, Jonas Collin. Andersen trabalhou como ator e bailarino, além de escrever algumas peças. Em 1828, entrou na Universidade de Copenhague e já publicava diversos livros, mas só alcançou o reconhecimento internacional em 1835, quando lançou o romance "O Improvisador".

Apesar de ter escrito romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos infantis que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Até então, eram raros livros voltados especificamente para crianças.

Em suas histórias Andersen buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela sociedade, mostrando inclusive os confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos. Ele buscava demonstrar que todos os homens deveriam ter direitos iguais.

Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de "Contos" para crianças. E continuou escrevendo contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias. No final de 1872, ficou muito doente e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhague.

Graças à sua contribuição para a literatura para a infância e adolescência, a data de seu nascimento, 2 de abril, é hoje o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Além disso, o mais importante prêmio internacional do gênero leva seu nome.

Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. A primeira representante brasileira a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.

Entre os títulos mais divulgados da obra de Andersen encontram-se: "O patinho feio", "O soldadinho de chumbo", "A roupa nova do Imperador", "A pequena sereia" e "A Menina dos Fósforos". São textos que fazem parte do imaginário da maioria das crianças do mundo desde sua publicação até a atualidade, tendo sido adaptados para o cinema, o teatro, a televisão, o desenho animado, etc.
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