quinta-feira, 30 de junho de 2011

ORIGEM DA FESTA JUNINA

Origem da Festa Junina  
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.  
Festas Juninas no Nordeste 
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas. 
Comidas típicas 
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais. 
Tradições 
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
FONTE: www.suapesquisa.com

sexta-feira, 17 de junho de 2011

LEIS DE RANGANATHAN



As leis de Ranganathan são cinco leis fundamentais instituidas para a Biblioteconomia pelo pensador indiano Shiyali Ramamrita Ranganathan e que vigoram até os dias atuais. Ranganathan era um professor de matemática indiano interessado em biblioteconomia que cursou na Inglaterra. Foi autor do livro "The Five Laws of Library Science" (1931), formado na Inglaterra, aborda pontos importantíssimos da Biblioteconomia moderna com suas cinco Leis.
Estas leis podem ser resumidas da seguinte forma:

  1. Os livros são para serem usados - o livro é um meio que impulsiona o conhecimento. E podemos observar a importância de uma biblioteca na seguinte frase: "quem tem informação, tem poder". Aponta para o livro como um meio e não como tendo um fim em si mesmo.
  2. Todo leitor tem seu livro - o bibliotecário deve fazer o estudo dos usuários, observando a clientela para preparar o acervo. Aponta para a seleção de acordo com o perfil do usuário.
  3. Todo livro tem seu leitor - refere-se a disseminação da informação, em que se deve divulgar os livros existentes em cada biblioteca. Aponta para a importância da divulgação do livro, sua disseminação, antecipando a estética da recepção.
  4. Poupe o tempo do leitor - a arrumação e catalogação dos documentos diminui o tempo necessário para encontrar a informação desejada. Aponta para o livre acesso às estantes, o serviço de referência e a simplificação dos processos técnicos.
  5. Uma biblioteca é um organismo em crescimento - o bibliotecário deve controlar esse crescimento, verificando qual a informação que está sendo usada, através de estatísticas da consulta e empréstimo. Decorre da explosão bibliográfica que exige atualização das coleções e previsão do crescimento da área ocupada pela biblioteca.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Centros Culturais comemoram três anos de atividades

Em junho e julho, os Centros Culturais Vila Fátima, Vila Santa Rita, Lindeia Regina e Urucuia completam três anos de funcionamento. Para comemorar a data, haverá shows musicais do rock ao sertanejo; apresentações de dança e teatro; oficinas de artes cênicas e artes plásticas; atividades literárias; contação de histórias e bailes dançantes. Os eventos são gratuitos e para participar das oficinas é necessário entrar em contato com os Centros Culturais.
O Centro Cultural Urucuia localizado na Rua W3, 500. Bairro Urucuia é o mais próximo da Escola Municipal Ana Alves.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

FICHA PESSOAL DE FERNANDO PESSOA

Ficha pessoal, também referida como nota autobiográfica, intitulada no original "Fernando Pessoa", datilografada e assinada pelo escritor em 30 de Março de 1935 (em algumas edições está 1933, por lapso). Publicada pela primeira vez, muito incompleta, como introdução ao poema À memória do Presidente-Rei Sidónio Pais, editado pela Editorial Império em 1940. Publicada em versão integral em Fernando Pessoa no seu Tempo, Biblioteca Nacional, Lisboa, 1988, pp. 17–22.

FERNANDO PESSOA
Nome completo: Fernando António Nogueira Pessoa.
Idade e naturalidade: Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio n.º 4 do Largo de S. Carlos (hoje do Directório) em 13 de Junho de 1888.
Filiação: Filho legítimo de Joaquim de Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro Nogueira. Neto paterno do general Joaquim António de Araújo Pessoa, combatente das campanhas liberais, e de D. Dionísia Seabra; neto materno do conselheiro Luís António Nogueira, jurisconsulto e Director-Geral do Ministério do Reino, e de D. Madalena Xavier Pinheiro. Ascendência geral: misto de fidalgos e judeus.
Estado civil: Solteiro.
Profissão: A designação mais própria será "tradutor", a mais exacta a de "correspondente estrangeiro" em casas comerciais. O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.
Morada: Rua Coelho da Rocha, 16, 1º. Dto. Lisboa. (Endereço postal - Caixa Postal 147, Lisboa).
Funções sociais que tem desempenhado: Se por isso se entende cargos públicos, ou funções de destaque, nenhumas.
Obras que tem publicado: A obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações ocasionais. É o seguinte o que, de livros ou folhetos, considera como válido: "35 Sonnets" (em inglês), 1918; "English Poems I-II" e "English Poems III" (em inglês também), 1922; livro "Mensagem", 1934, premiado pelo "Secretariado de Propaganda Nacional" na categoria Poema". O folheto "O Interregno", publicado em 1928 e constituído por uma defesa da Ditadura Militar em Portugal, deve ser considerado como não existente. Há que rever tudo isso e talvez que repudiar muito.
Educação: Em virtude de, falecido seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o Comandante João Miguel Rosa, Cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado. Ganhou o prémio Rainha Vitória de estilo inglês na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos.
Ideologia Política: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, embora com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservantismo, e absolutamente anti-reaccionário.
Posição religiosa: Cristão gnóstico e portanto inteiramente oposto a todas as igrejas organizadas e, sobretudo, à Igreja Católica. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da Maçonaria.
Posição iniciática: Iniciado, por comunicação direta de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da Ordem dos Templários de Portugal.
Posição patriótica: Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolida toda a infiltração católico-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: "Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação".
Posição social: Anti-comunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.
Resumo de estas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania.
Lisboa, 30 de Março de 1935.
Fernando Pessoa [assinatura autógrafa]
Fonte: Cópia do original dactilografado e assinado existente na Coleção do Arquiteto Fernando Távora.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ORIGEM DAS EXPRESSÕES QUE UTILIZAMOS NO NOSSO DIA-A-DIA

A auxiliar de biblioteca Patrícia do turno da noite fez um cartaz com origens de palavras e expressões do nosso cotidiano, por isso colocamos mais algumas para vocês.  
O DIABO A QUATRO - A expressão é de origem francesa (faire le diable à quatre) e provém de representações teatrais medievais, em que o diabo frequentemente aparecia. Para diabrurinhas, lá vinham um ou dois diabos; para diabruras de porte, o autor da representação usava quatro diabos, que faziam um grande barulho e confusão.
FAZER A BARBA - é uma expressão que hoje não tem lógica. Não se faz a barba; na verdade, desfaz-se a barba, que cresceu, fez-se sozinha. A frase surgiu quando a moda era usar barba; aparava-se a barba para que ela ficasse com boa aparência. Em outras palavras e com lógica, fazia-se a barba.
BOCÓ - A palavra francesa boucaut ( um saco feito de pele de bode para transporte de líquidos) veio de bouc (bode) e deu no espanhol bocoy. Daí chegou ao brasileirismo bocó para designar um saco feito de couro de tatu. Como bocó não tem tampa, ficando sempre aberto, a palavra passou a se aplicar à pessoa palerma, tola, que vive de boca aberta, em pasmo permanente.
CAFONA - Do italiano cafone, indivíduo grosseiro, caipira. Ou seja, é etimologicamente correto dizer que música caipira é cafona.
CINDERELA - Do inglês Cinderella. O latim cineris, cinzas, gerou o francês cendre, daí passou para o inglês cinder. A jovem heroína do conto de Perrault se chamava Cendrillon em francês e Cinderella em inglês porque, após os serviços domésticos, ficava num canto da sala, sentada sobra as cinzas da chaminé. Em português, as cinzas de um braseiro são chamadas de borralho, de borra (sobra) + a terminação depreciativa -alho. Daí a Cinderela também ser chamada por Gata Borralheira.
MEIA-TIGELA - De meia-tigela-tigela é sem valor insignificante. Na época da monarquia portuguesa, o povo da corte (criados, pajens, oficiais...) que não habitava nem contava ainda com o vale-refeição, era alimentado no local do trabalho. A comida era servida de acordo com as rações prescristas no Livro da Cozinha del Rei e a porção de cada um variava de acordo com a importância do serviço prestado. E assim havia gente de tigela inteira e gente de meia-tigela.

 Outras origens de expressões e palavras estão no livro A casa da mãe Joana do escritor Reinaldo Pimenta e este livro está disponível para empréstimo na Biblioteca Monteiro Lobato.

SEMANA QUE VÊM TEM " O BOLO DO COELHO"

O bolo do coelho é o livro que será contado na semana que vêm no turno da tarde.
Papai Coelho fica em dificuldades quando se aproxima o aniversário de 35 filhotes. Sem dinheiro no bolso, ele pede os ingredientes emprestados à bicharada, para fazer o bolo.
Surpresas após a festa aguardam Dom Coelho.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...