quarta-feira, 8 de junho de 2011

ORIGEM DAS EXPRESSÕES QUE UTILIZAMOS NO NOSSO DIA-A-DIA

A auxiliar de biblioteca Patrícia do turno da noite fez um cartaz com origens de palavras e expressões do nosso cotidiano, por isso colocamos mais algumas para vocês.  
O DIABO A QUATRO - A expressão é de origem francesa (faire le diable à quatre) e provém de representações teatrais medievais, em que o diabo frequentemente aparecia. Para diabrurinhas, lá vinham um ou dois diabos; para diabruras de porte, o autor da representação usava quatro diabos, que faziam um grande barulho e confusão.
FAZER A BARBA - é uma expressão que hoje não tem lógica. Não se faz a barba; na verdade, desfaz-se a barba, que cresceu, fez-se sozinha. A frase surgiu quando a moda era usar barba; aparava-se a barba para que ela ficasse com boa aparência. Em outras palavras e com lógica, fazia-se a barba.
BOCÓ - A palavra francesa boucaut ( um saco feito de pele de bode para transporte de líquidos) veio de bouc (bode) e deu no espanhol bocoy. Daí chegou ao brasileirismo bocó para designar um saco feito de couro de tatu. Como bocó não tem tampa, ficando sempre aberto, a palavra passou a se aplicar à pessoa palerma, tola, que vive de boca aberta, em pasmo permanente.
CAFONA - Do italiano cafone, indivíduo grosseiro, caipira. Ou seja, é etimologicamente correto dizer que música caipira é cafona.
CINDERELA - Do inglês Cinderella. O latim cineris, cinzas, gerou o francês cendre, daí passou para o inglês cinder. A jovem heroína do conto de Perrault se chamava Cendrillon em francês e Cinderella em inglês porque, após os serviços domésticos, ficava num canto da sala, sentada sobra as cinzas da chaminé. Em português, as cinzas de um braseiro são chamadas de borralho, de borra (sobra) + a terminação depreciativa -alho. Daí a Cinderela também ser chamada por Gata Borralheira.
MEIA-TIGELA - De meia-tigela-tigela é sem valor insignificante. Na época da monarquia portuguesa, o povo da corte (criados, pajens, oficiais...) que não habitava nem contava ainda com o vale-refeição, era alimentado no local do trabalho. A comida era servida de acordo com as rações prescristas no Livro da Cozinha del Rei e a porção de cada um variava de acordo com a importância do serviço prestado. E assim havia gente de tigela inteira e gente de meia-tigela.

 Outras origens de expressões e palavras estão no livro A casa da mãe Joana do escritor Reinaldo Pimenta e este livro está disponível para empréstimo na Biblioteca Monteiro Lobato.

Um comentário:

  1. Este blog está demais! Bem se vê que foi elaborado por profissionais dedicados e talentosos.Sucesso sempre!

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